terça-feira, 19 de agosto de 2014

O preparo e a chegada do amor-próprio

     Quem é que não sofre por amor? E quem acha que é impossível amar novamente é simplesmente humana. Toda história tem seu início e fim, mesmo que o fim seja ser feliz com a pessoa amada. Mas toda história tem um fim.

     Gostaria de ser menos clichê às vezes, mas o clichê está em quase tudo, principalmente quando a escrita é consequência da emoção latente e imprudente que cerca alguns dos meus dias. Somos todos clichês, mesmo quando citamos poetas e filósofos franceses, alemães e brasileiros.

     Não fugimos do mais do mesmo porque seríamos menos verdadeiros, e o texto precisa ser autêntico porque senão seria dramaturgia, ficção, cinema ou drama barato sem tocar os corações.

     Ser feliz também é se permitir o sofrimento, afinal como se convencer de que está realmente bem agora se não conheceu a dor?

     Uma vez escrevi que o auto-amor ou o amor próprio como dizem por aí, é o verdadeiro e o único que pode satisfazer o ser humano. Não venho agora “desdizer”, nem me desmentir, mas o amadurecimento me traz uma nova face e menos regras para isso.


     Talvez seja mesmo necessário conhecer o amor por meio de qualquer forma e por quem for para poder torná-lo íntimo do seu ser e acompanhante da sua existência. E para quando o seu próprio amor chegar você não o estranhar.

domingo, 17 de agosto de 2014

Certo X Errado e a caridade moral

     O que fariam os que nada temem? O que fariam os que nada materialmente têm? Talvez nada. Mas acredito que as escolhas se dificultem exatamente por estas condições.
    
     Os que nada temem ou nada têm, têm muito mais a perder fazendo a escolha errada. Podem perder uma vida melhor, podem adquirir o medo que não têm e podem até serem felizes no final. Mas e aí, concordam comigo, caros leitores, que eles também podem estar vendendo suas almas?
  
     Somos todos inocentes até que provem o contrário, não é? Mas acho que também poderemos ser todos culpados por nós mesmos, principalmente, até que façamos uma escolha melhor.
 
     Decidir entre o certo e o errado é mais complicado quando não enxergamos e não temos uma educação clara durante a nossa vida e uma educação exemplar na sociedade em que convivemos. Como distinguir como boa ou má uma caridade material quando os votos dos nossos pais ainda são comprados? Como perceber a compra da nossa alma quando isso ainda acontece?
 
     Ainda assim, acho que nós, a humanidade, mesmo em vésperas de eleições, quando nos sentimos menores porque todos os nossos princípios são colocados em xeque, mesmo quando o nosso espírito se sente fraco porque colocamos a matéria acima dele (e não estou falando do nosso corpo), mesmo assim, ainda acho que temos uma essência natural inclinada para o bem. E espero que entendam que o momento político é apenas um exemplo oportuno, pois a discussão é sobre todos os tipos de vendas de alma.
 
     Somos todos filhos de um ser maior que independente da religião que cada um tenha, nos remete ao DNA de divindade que nos deixa. É um centelha que pulsa no nosso espírito desde o primeiro nascimento. E a minha certeza é que esta pequena luz brilhante é que reinará, mesmo que alguns de nós vendamos uma fração de nossas almas para sobreviver. Afinal, a Lei de Conservação nos garante, por um tempo, é claro! (ironia, ok?!)
 
     Então, meus amigos, leitores e irmãos de jornada, façamos um momento de caridade moral e tenhamos compreensão e tolerância por quem se desvia do caminho que sabe que é o correto e rezemos por nós que já sabemos qual é e insistimos em não seguí-lo.