domingo, 26 de fevereiro de 2012

Uma manhã e um orfanato

          Existe algo mais belo que o amor de uma criatura tão pequena? Pequena na estatura, mas imensa na bagagem que traz, no amor e na essência que a acompanha ao longo das existências.
       Mesmo as criaturas mais duras e desajeitadas não conseguem permanecer na sua "firmeza" de conceitos e pré-concepções antigas diante de uma criança cheia de amor pra dar.
            Correr, brincar e cair. Voltar à inocência da infância por um dia pode ser um dos "milagres" mais antigos e potentes pra quebrar as antigas barreiras da seriedade que tanto turvam a visão de um mundo tão belo.
           Tudo precisa apenas de um pontapé, um ponto de partida inicial, e esse início pode ser apenas um olhar brilhante e um sorriso com poucos dentes.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O tempo, o outro e a conveniência

   "...o homem vive reclamando que não tem tempo, mas vive como se tivesse todo o tempo do mundo..."
    É mais ou menos isso que li esses dias. Frase pra refletir com carinho, não é? Talvez o problema não seja a falta de tempo, mas o que viemos fazendo com o tempo que temos. 
  O ponto de partida deveria ser o estabelecimento de prioridades, o problema é que anda tudo meio trocado. Valores trocados! Andamos sempre pregando o anti-materialismo quando estamos nos preocupando em primeiro lugar com a matéria básica e essencial para vivermos na Terra (dinheiro). Nada contra, mas a problemática se instala quando ela não é somente o pontapé inicial, mas a questão central, final e eterna nas mentes de todos. 
   Deixamos as questões do espírito pra depois porque ainda não temos a matéria, e quando a conseguimos, continuamos deixando pra depois porque temos os problemas que vêm com ela, aí esperamos por resolvê-los, mas as resoluções e soluções se prolongam e não concluímos, porque neste momento resolvemos nos "espiritualizar". Aí ficamos calmos, assim como manda o Globo Repórter e a cartilha dos "naturebas" , e então, neste momento somos disciplinados. Não desesperamos porque tudo irá se encaminhar e a solução vai chegar, afinal de contas o STRESS é o mal do século, então, esperamos que a solução chegue no tempo dela, Deus sabe o que faz. Não é essa a desculpa que costumamos usar pra não sermos práticos e "materialistas" quando realmente temos que ser?
  É...talvez saibamos realmente do caminho certo, mas às vezes é conveniente não sabermos, não é? A praticidade característica do mundo material pode ser muito benéfica, mas a conveniência fala mais alto. Aquele trabalho voluntário tão planejado não é tão importante neste momento, não é mesmo? Mesmo porque, se fosse, todo o Universo se conspiraria pra fazê-lo acontecer, não deixaria que tantos problemas de rotina atrapalhassem-no, então não existe uma culpa em primeira pessoa. Só tem um detalhe, o livre-arbítrio ainda é lei, por mais contraditório que pareça. E já que gostamos tanto do conceito de que tudo é obra do destino, talvez a Física também não tenha sido o nosso maior trauma na escola por acaso, afinal de contas, já tem tanto tempo que Newton vem falando de uma tal de Ação e Reação.
    Resumindo, o tempo e a falta dele são relativos, a vontade e a falta dela, nem tanto!
              

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Vou de clichê

         Costumava dizer, “na dúvida, faça”, hoje em dia, acrescento, na dúvida, pense duas vezes (não mais que isso, afinal de contas não podemos perder tanto tempo com isso), pese os prós e contras e se não fizer mal a ninguém, faça.
         Costumava ler, “o mundo precisa de exemplos, não de opiniões”. Então, comece por você que tentarei começando por mim também.
         Costumava escutar “viva o presente, porque como o próprio nome diz...”, e esta frase, confesso, particularmente é a melhor. Claro que não devemos descartar o planejamento, nem vivermos o presente desenfreadamente, mas apenas aprender a vivê-lo no tempo certo.
         Acho que este é o ponto central, viver cada tempo no seu devido momento. Com a nostalgia de vez em quando, mas sem a melancolia, com o futuro agendado, mas sem furar fila e o presente carinhosamente desembrulhado.
         Decidi começar dos clichês hoje para não finalizar pouco original, porque quando essa originalidade se ausenta de início, ficamos com os velhos clichês que já conhecemos, daí, somos obrigados a repetir a lição, mas desta vez, com a obrigação do sucesso. Carpe Diem!!!