segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O aprendizado necessário

      Há tempos que não escrevo, mas venho ensaiando em atos e vivências os próximos textos.
     Falamos e ouvimos falar bastante sobre ajudar ao próximo, mas este não é somente um ato de solidariedade e compaixão para com os outros, mas principalmente e primeiramente para si mesmo. Cada dor e dificuldade que nos são apresentadas trazem entre tantas mudanças a de paradigmas que criamos ao longo da vida, a mudança dos conceitos formados sobre as coisas, um olhar profundo diante do fato e do que ele veio nos ensinar.
     Não nos enganemos e nos martirizemos diante dos problemas, todos eles são aprendizados. Afinal, não é este o objetivo da prova, verificar se aprendemos a lição? Então tomemos a Terra como escola imprescindível para o aprendizado, as dificuldades enfrentadas como provas necessárias, e nós, humildes alunos, em busca da aprovação para a próxima etapa.
     Respeitemos nosso tempo e os nossos sonhos, eles caminham juntos, mas cada um respeitando o espaço do outro. Façamos o mesmo com o amor e a dor, a alegria e a tristeza, a linha que os separam também é muito tênue, e são quase como co-existências interdependentes, portanto, os respeitemos, eles também têm uma razão para existir. 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Equação do amor próprio

                       
     O que é pior, um “amor” de alguém que não te queres ou a ausência do próprio amor.
     Às vezes nos colocamos em posição de injustiçados e mal amados, mas não enxergamos o que está bem claro, o amor de outrem em relação a nós mesmos se dá na mesma proporção que nos amamos. Não podemos exigir mais do que o outro está nos dando enquanto não exigimos mais do que estamos dando a nós mesmos.
      É quase a 2º Lei de Newton (ação e reação), só não existe fórmula ainda porque ainda não existem termos da equação definidos. Ainda é abstrato o que se sente, portanto o resultado será igualmente abstrato, mas mesmo que ainda esteja no campo das emoções, e o resultado ainda seja intensamente recebido com todos os nossos sentidos, podemos fazer comparações, análises e extrairmos delas o que realmente vale à pena.
      E finalmente, com o resultado positivo, as partes da equação deverão todas, independente da natureza delas, beneficiarem o objeto mais importante da questão, você! 

terça-feira, 23 de agosto de 2011

"Talvez os pacientes saibam mais sobre os psiquiatras e sobre os psicólogos do que o contrário, pois a posição que o profissional ainda ocupa no mundo do teatro social eles já am ocuparam,enquanto que o inverso não é verdadeiro..."Dymphne- A Santa Protetora dos Loucos (Ezio Flavio Bazzo)

Lágimas de saudade

"...A melancolia em sua substância mais íntima é nostalgia do amor..." Romano Guardini

   E acrescento, às vezes o que se chora não é só tristeza, mas saudade. Mesmo do que ainda não se sentiu.

Insaciada

     Te ver e não poder te tocar...
     Te tocar  e não poder te beijar é
     como morrer de sede em frente ao mar...

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A mudança que não se dá

   Tire o pé do freio, mas tire o carro da curva.
   Pare com os 360º, não adianta continuar se movimentando se o percurso ainda for o mesmo e cíclico.
   A inércia também se dá em movimento.
  

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Perdoe-se!

 Não deixe o perdão pra mais tarde, como diz uma poetiza em situação atual de roqueira, "o amanhã pode nem chegar".
 Não deixe a mágoa tomar todo o seu tempo, ele é precioso. E não relembre o acontecido com tanta freqüência, porque as feridas ainda estão abertas e assim correm o risco de sentirem falta de plaquetas. Desta forma ela continua aberta, mas o tempo continua passando e com ele não tem como competir. É um jogo que já entramos perdendo se quisermos ultrapassá-lo.
 Vitimize-se menos, olhe, veja e enxergue mais. Escute, preste mais atenção e fale menos porque da próxima vez terá menos chance de errar no mesmo ponto. E se errar, não queixe-se, trate o erro com superioridade, você é maior que ele, não é?
  Seja seu próprio terapeuta, mas sem bengalas, sem próteses. Confronte-se, mas não coloque vendas, nem maquiagens, nem tire os óculos. Tenha coragem pra se auto-criticar e ouvir as críticas, mas não deixe de ser a mudança que quer ver no outro.
  Entregue-se, peça perdão com humildade e olhos verdadeiros, e se for você quem vai ouvir o pedido, aprenda com a humildade alheia e perdoe sem esperanças, sem expectativas de muitas mudanças, porque ele, assim como você, também está no mesmo planeta, o que significa que os erros são quase uma constante sem muitas pausas. Mas antes disso tudo, perdoe-se, porque quem não consegue se perdoar dificilmente será perdoado por alguém.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

  Se uma pedra parecer um iminente tropeço, não pense duas vezes em ultrapassá-la, porque se não fizer, ela o fará.
                                                                             Vanessa Martins

segunda-feira, 4 de abril de 2011

"Feliz é aquele que ao nascer chora enquanto todos riem e que ao morrer ri enquanto todos choram"     
                                                                                                                                         Confúcio

domingo, 3 de abril de 2011

A partida e o amor que fica

     Hoje estava conversando com minha amiga Paulline, e ela estava comentando sobre a morte do cachorro da sua amiga Jú, falava de como nos apegamos aos bichinhos, aos outros. E eu logo perguntei a idade que ele tinha. Parei, me observei e comecei a escrever este parágrafo, que espero que vire um texto interessante.
     Sempre perguntamos a idade que alguém tinha quando morreu. Como se isso fosse amenizar ou piorar o sofrimento. Como se os parâmetros de cedo ou tarde fizesse alguma diferença, mesmo que psicológica ou ilusória.
     Talvez não estejam entendendo muito bem o que quero dizer, mas a questão que estou tentando apontar é para o que valeu a pena. Tendo sido um dia, um mês ou um século de vida, não vai fazer diferença. O que fará e que deve fazer é o tamanho da marca que foi deixada no seu coração neste tempo.
      Ninguém passa despercebido por alguém, seja um “bom dia”, um “boa noite”, uma missa, uma semana no acampamento, um curso superior inteiro juntos, ou mesmo um casamento. Todos somos o resultado de milhares de convivências ao longo da vida, somos nós e mais o outro. Nem que seja somente a conseqüência da atitude alheia.
      Então, à Jú, e a todos nós que vivemos pelos encontros, desencontros, estadas, estadias, permanências e partidas de quem amamos, choremos, mas de saudade e não por qualquer outro motivo. E por mais clichê que pareça, e é, (mas às vezes precisamos deles), choremos alegres porque a cada partida fica a lembrança do amor que sustentava e te sustentará diante da falta.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Ilusão ou realidade

     Acabo de assistir ao “Você vai conhecer o homem dos seus sonhos”Woody Allen, dica do meu amigo Sergio. Bom! Recomendo, mas não venho fazer nenhuma resenha ou crítica, apenas levantar uma questão presente no filme. A ilusão.
     Há um personagem que troca seus psicoterapeutas e analistas por uma vidente. E que durante todo o filme lhe enche de esperanças. E ninguém sabe nem busca saber se essa nova terapeuta é uma fraude ou não, principalmente a filha, porque para ela o que mais importa são os resultados, e sendo realmente uma fraude ou não, a alternativa está fazendo mais efeito que os remédios que sua mãe tomava anteriormente.
      A questão é, até que ponto essa ilusão vale a pena? A mentira que traz benefícios, mesmo que seja enganar a si mesmo, ou realmente acreditar que seja verdade, como no caso dessa personagem. É a ilusão que traz a felicidade tão almejada e procurada em diversas terapias e drogas.
      Talvez essa ilusão seja relativa, talvez todos os nossos conceitos e paradigmas também sejam. A ilusão é realmente algo perigoso? E o que é exatamente? Algumas das definições:

1. crença ou idéia falsa; 2. erro de apreciação; 3. erro de percepção, que consiste em fazer uma interpretação visual dos fatos que não coincide com a realidade; 4. fraude; logro.
  
      E quando essas ilusões se tornam realidade, o que passa a ser uma fraude não é a própria ilusão caindo por terra? Então, meus amigos não é somente a felicidade que é relativa, nem a protagonista deste texto. Mas tudo passa a ser relativo uma vez que não podemos afirmar verdades absolutas quando estamos diante do abstrato.
      Os julgamentos e pré-conceitos devem ser revistos. Não que eu concorde que uma mentira contada dez vezes vire verdade, nem que a ilusão vale mais que uma realidade amarga, mas os nossos julgamentos não merecem aparecer pra estragarem “felicidades”. Eles são muito menores diante do bem que deixaria de existir. Então, façamos nossa análise e usemos unicamente em nossas próprias vidas.

quarta-feira, 23 de março de 2011

A solidão é nosso strip-tease

     
     Schopenhauer costumava dizer que na solidão era a única forma do indivíduo realmente se conhecer, se mostrar, ser ele mesmo. E ainda afirma que quem não ama a solidão não ama a liberdade.
     A pergunta é, até que ponto essa liberdade compensa a solidão? Concordo no ponto em que o amigo Schô schô (como diz uma amiga), fala que é a única maneira do ser se mostrar. Acredito que as grandes multidões o afastam dele mesmo. Claro que não acontece com todos, não é uma regra, e mesmo que fosse, todas elas têm suas exceções.   
     Mas acontece com a grande maioria. Afinal, quem consegue ser você mesmo, sem inclinações mascaradas, sem sorrisos falsos e gostos fingidos para agradar alguém?  
     Pode até dizer que você não é assim, eu mesma digo que não sou, mas duvido que tenha falado a verdade à sua tia de 70 anos sobre homossexualidade ou sobre drogas, que tenha olhado nos olhos da sua avó e falado que o seu cozido estava horrível naquele dia. Duvido.
     Não é questão de hipocrisia, muitas vezes essas “mentirinhas” são necessárias, afinal de contas você não vai desagradar uma senhora de 80 anos desnecessariamente, porque por mais idealista que você seja, acredita que com essa idade nada mais será alterado, nenhum pensamento, nenhuma convicção religiosa ou política, somente desgastes acontecerão.
     Mas você também tem a opção de falar e criar aquele clima na família, tem a escolha de optar pelo cigarro que seu namorado não suporta e perdê-lo, tem a opção de desistir da faculdade mais cara da sua cidade bem no final do curso e perder o amor dos seus pais (pelo menos por uns 3 meses), mas quem tem a coragem de fazer essas escolhas? Quem tem a coragem de ser você mesmo, sem as lantejoulas que enfeitam a máscara que tanto agrada? Quem tem?
     Mas sozinho você não precisa se moldar tanto, não precisaria de frases bem pensadas ou sorrisos talhados. A solidão é o nosso strip-tease. Então, o amigo Arthur, apesar do seu pessimismo característico, não estaria tão equivocado ao falar que sozinho cada um sente o que é, e fugirá, suportará ou amará a solidão na proporção exata do valor da sua personalidade.
      Então, faça o seu strip-tease de máscaras e brilhos sem precisar estar tão sozinho, seja a sua própria essência sem o medo de ficar insosso. E se estiver só, não se preocupe em escolher a fantasia mais atraente, talvez você queira curtir a festa sendo a sua própria companhia dentro de um vestidinho bem confortável.


     Abaixo, alguns trechos na íntegra da obra - “Aforismos para a sabedoria de vida”  
                                  Quem não ama a solidão não ama a liberdade 

   
      “Nenhum caminho é mais errado para a felicidade do que a vida no grande mundo, às fartas e em festanças (high life), pois, quando tentamos transformar a nossa miserável existência numa sucessão de alegrias, gozos e prazeres, não conseguimos evitar a desilusão; muito menos o seu acompanhamento obrigatório, que são as mentiras recíprocas.
        Assim como o nosso corpo está envolto em vestes, o nosso espírito está revestido de mentiras. Os nossos dizeres, as nossas ações, todo o nosso ser é mentiroso, e só por meio desse invólucro pode-se, por vezes, adivinhar a nossa verdadeira mentalidade, assim como pelas vestes se adivinha a figura do corpo.
     Antes de mais nada, toda a sociedade exige necessariamente uma acomodação mútua e uma temperatura; por conseguinte, quanto mais numerosa, tanto mais enfadonha será. Cada um só pode ser ele mesmo, inteiramente, apenas pelo tempo em que estiver sozinho. Quem, portanto, não ama a solidão, também não ama a liberdade: apenas quando se está só é que se está livre.
     A coerção é a companheira inseparável de toda a sociedade, que ainda exige sacrifícios tão mais difíceis quanto mais significativa for a própria individualidade. Dessa forma, cada um fugirá, suportará ou amará a solidão na proporção exata do valor da sua personalidade. Pois, na solidão, o indivíduo mesquinho sente toda a sua mesquinhez, o grande espírito, toda a sua grandeza; numa palavra: cada um sente o que é...”
                                                                       Arthur Schopenhauer

terça-feira, 22 de março de 2011

Fiquem com alguns pensamentos do meu filósofo preferido

"O prazer não é um mal em si; mas certos prazeres trazem mais dor do que felicidade."



"É estupidez pedir aos deuses aquilo que se pode conseguir sozinho. "
                                                                                        Epicuro

A DOR QUE DÓI MAIS

     Hoje estava pensando em escrever sobre a saudade, aí, parei para ler umas coisas e me deparei com esse texto da Martha. Depois dele, qualquer coisa que tentasse escrever nesse exato momento iria parecer no mínimo redundante ou plágio e como isso não faz muito meu estilo, fiquem com a Mathinha...

     "Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
     Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
     Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
      Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.
       Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
       Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer."
                                                                                                         Martha Medeiros

segunda-feira, 21 de março de 2011

A recompensa da paciência

     "A glória é tanto mais tardia quanto mais duradoura há de ser, porque todo fruto delicioso amadurece lentamente."

                                                                                                                         
                                                                                 Arthur Schopenhauer

domingo, 20 de março de 2011

Virtual ou real?

“De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.”

William Shakespeare

Não és falso, Shakespeare, temos que concordar que continuas a ser poeta.

E realmente ainda não sabem amar aqueles que desistem na primeira pedra que aparece no meio do caminho. Mas também é bom lembrar que nem todas as pedras são apenas impecilhos. É preciso ter uma maior sensibilidade pra reconhecer o fim.

Quantas vezes já não nos deparamos com a velha obsessão e os cacos daquilo que chamávamos de "amor" e que não existe mais há séculos? E a coragem de dar fim ao que talvez nunca tenha existido de verdade que fica sem dar as caras?

Não fiquemos enrolados com nossas próprias ilusões, elas só atrapalham e ofuscam a visão clara no espelho da realidade.

Quem sabe um dia aprendamos a discernir a imagem real e virtual do espelho.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Comecemos a agir com a inocência de uma criança!!!


   Para os que têm medo do que sente ou de demonstrar por medo de perder a idéia de continuar amando, mesmo que no mundo platônico.
  Vai tomar as rédeas ou vai ser definido pelo medo?
 

terça-feira, 15 de março de 2011

Renovação

     Dizem os cristãos que os dias que antecedem a Páscoa é momento de transformação, mudança, renovação. A pergunta é: Quem tem renovado o guarda-roupa de carne? Aquele invólucro que reveste o que temos de mais precioso, a nossa alma imortal e com uma memória incrível.
     Como andam os sentimentos? E a tal da felicidade, já conheceu? Dizem por aí que esta não está do lado de fora, e outros também dizem que não está na Terra. Acreditando ou não nessas teorias, o ideal seria dar um crédito, já que viemos tentando achá-la por séculos do lado de fora.
     O quê? Como não? Será que não tem mesmo? E aqueles três anos estudando no cursinho pré-vestibular tentando Medicina? Não porque era seu sonho e vocação, mas porque acreditava que te daria uma garantia de retorno financeiro, status, admiração. E os outros quatro anos, que depois de ter desistido da Medicina e optado por outra profissão que te dava um pouco menos de retorno financeiro, mas ainda existia, você continuava a se sentir insatisfeito, infeliz? Ah, é óbvio agora existe um culpado, esta não era a profissão que você queria.
     Mas ainda assim, mesmo com um culpado sobressalente, continuava a acreditar que a felicidade verdadeira só chegaria no dia em tivesse uma estabilidade financeira, agora não bastava mais o retorno financeiro. Afinal de contas, como poderia ter esposa, filhos se não tivesse condições de manter também a “$felicidade$” deles? O alvo a ser flechado agora era o concurso público. (nada contra)
     Mais alguns anos, e finalmente você passa naquela prova com mais de 86 mil concorrentes. Enfim, feliz, né? Como assim, não está? Lá vem o “X” da questão...
     Então você estava ou não estava procurando do lado de “fora” a felicidade? E se não encontrou, por que não ouvir os colegas filósofos, estudiosos, analistas, religiosos e tentar buscar do lado de “dentro”? Agora vem o “Y” da questão. Como buscar do lado de “dentro”?
     Também me pergunto a mesma coisa, mas vamos devagar, por partes, sem alusão a filmes de terror (se não fizesse essa piadinha batida, vocês teriam feito do mesmo jeito). Pensei em várias coisas, mas pensemos no seguinte, é muito simples, (pelo menos a teoria), no que nos dá aquele prazer que mesmo indo embora, não leva a felicidade junto. Aquele prazer que não é fruto da nossa imaginação, mas também não é enraizado e limitado no corpo perecível que trazemos.
     Aquele que não é como os segundos que temos nos cigarros, bebidas, chocolates, roupas caras, momentos com os ídolos, fama, carros, e tudo o mais que acaba quando acaba. E nem é como nas ilusões amorosas que pensamos que não podem nos fazer mal, porque muitas delas só existem no mundo das idéias. Mas acreditem, mesmo estas, quando acabam por algum motivo do mundo real, mesmo não tendo existido, elas desabam com seu mundo, com nossos mundos (como poderia deixar de me incluir?). E tudo isso, toda essa felicidade que tínhamos, sejam por dias, segundos, meses ou anos enquanto durava, acaba.
     Agora a notícia triste: se acabou é porque não era felicidade. Como disse anteriormente, a verdadeira, não a “fake”, ela não acaba quando acaba. É a única que continua a existir quando o prazer é verdadeiro. Quando ele se origina da alma, do amor que trazemos dentro dela e que ainda não sabemos repartir. Nem conosco mesmos, às vezes.
     Paremos de nos lamentarmos, de termos pena de nós mesmos por mais uma decepção ou desilusão amorosa. Como o nome mesmo diz, acabou-se a ilusão. Não era real. Como podemos ficar tristes por não estarmos mais iludidos? E pior, neste caso o enganador somos nós mesmos.
     Preenchamos logo esses espaços vazios com nosso próprio amor, temos o bastante, aprendamos a usá-lo, e comecemos com o amor-próprio. Este é sempre um excelente anfitrião das nossas almas.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Tudo Passará

"Todas as coisas na Terra passam...
Os dias de dificuldades passarão...
Passarão também os dias de amargura e solidão...
As dores e as lágrimas passarão.
As frustrações que nos fazem chorar, um dia passarão.
A saudade do ser querido que está longe, passará.
Dias de tristeza... Dias de felicidade...
São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal as experiências acumuladas.
Se hoje, para nós, é um desses dias repletos de amargura, paremos um instante.
Elevemos o pensamento ao alto, e busquemos a voz suave da Mãe amorosa a nos dizer carinhosamente:

”Isso também passará... “

E guardemos a certeza, pelas próprias dificuldades já superadas, que não há mal que dure para sempre.
O planeta Terra, semelhante a enorme embarcação, às vezes parece que vai soçobrar diante das turbulências de gigantescas ondas.
Mas isso também passará, porque Jesus está no leme dessa Nau, e segue com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a agitação faz parte do roteiro evolutivo da humanidade, e que um dia também passará...
Assim, façamos a nossa parte o melhor que pudermos, sem esmorecimento, e confiemos em Deus, aproveitando cada segundo, cada minuto que, por certo....também passarão. "


Mensagem de Emmanuel - Psicografada por Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O frasco de maionese e o café


    O texto seguinte não é de minha autoria. Leiam e amem mais!

    Quando as coisas na vida parecem demasiado, quando 24 horas por dia
não são suficientes...Lembre-se do frasco
de maionese e do café.

     Um professor, durante a sua aula de filosofia sem dizer uma palavra, pega num frasco de maionese e esvazia-o...tirou a maionese e encheu-o com bolas de golf.
A seguir perguntou aos alunos se o Frasco estava cheio. Os estudantes responderam sim.
     Então o professor pega numa caixa cheia de pedrinhas e mete-as no frasco de maionese. As pedrinhas encheram os espaços vazios entre as bolas de golf.
     O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a dizer que sim.
     Então...o professor pegou noutra caixa...uma caixa cheia de areia e esvaziou-a para dentro do frasco de maionese. Claro que a areia encheu todos os espaços vazios e uma vez mais o pofessor voltou a perguntar se o frasco estava cheio. Nesta ocasião os estudantes responderam em unânime  "Sim !".
    De seguida o professor acrescentou 2 xícaras de café ao frasco e claro que o café preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes nesta ocasião começaram a rir...mas repararam que o professor estava sério e disse-lhes:
 
'QUERO QUE SE DÊEM CONTA QUE ESTE FRASCO REPRESENTA
A VIDA'.
As bolas de golf são as coisas Importantes:
como a FAMÍLIA, a SAÚDE, os AMIGOS, tudo o que você AMA DE VERDADE.
São coisas, que mesmo que se perdessemos todo o resto, nossas vidas continuariam cheias.
    
As pedrinhas são as outras coisas
que importam como: o trabalho, a casa, o carro, etc.
     A areia é tudo o demais, são as pequenas coisas.
'Se puséssemos  1º a areia no frasco, não haveria espaço para as pedrinhas nem para as bolas de golf.
     O mesmo acontece com a vida'.
     Se gastássemos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teríamos lugar para as coisas realmente importantes.
     Preste atenção às coisas que são cruciais para a sua Felicidade.
     Brinque ensinando  os seus filhos,
     Arranje tempo para ir ao medico,
     Namore e vá com a sua/seu namorado(a)/marido/mulher jantar fora,
     Dedique algumas horas para uma boa conversa e diversão com seus amigos
     Pratique o seu esporte ou hobbie favorito.
     Haverá sempre tempo para trabalhar, limpar a casa, arrumar o carro...
     Ocupe-se sempre das bolas de golf 1º, que representam as coisas que realmente importam na sua vida.
     Estabeleça suas prioridades, o resto é só areia...
     Porém, um dos estudantes levantou a mão e perguntou o que representaria, então, o café.
                                                                                                                            
O professor sorriu e disse:
     "...o café é só para demonstrar, que não importa o quanto a nossa vida esteja ocupada, sempre haverá espaço para um café com um amigo. "       Autor desconhecido

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Amor é leve...

“(...) farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz...”
Clarice Lispector

     É...talvez a nossa querida Clarice tenha razão. Quem que nunca se deparou com o espelho e viu excesso de “amor” e um repertório cheio de pessoas que ficaram pelo caminho? Umas reclamando do seu amor excessivo, outras da sua carência, de ausência de tolerância e paciência com o tempo dela? Enfim, relacionamentos são feitos de pessoas e pessoas ainda são imperfeitas.
     E muitas vezes, por mais irônico e paradoxal que pareça, os excessos de todas essas coisas são apenas nossas ausências, nossas faltas e falhas que aparecem esburacadas na nossa alma e esburacando às dos nossos “amantes”. Estes muitas vezes se sentem culpados por não alcançarem essa medida de “amor” que damos e quando nós não conseguimos sentí-los, provavelmente é o peso que já estamos percebendo fazer parte desse idílio.
     Agora, paremos para analisar o seguinte: Se o amor como dizem a maioria das pessoas mais sábias, é o sentimento mais sublime e puro que existe, é então fácil de concluir que todo esse excesso podem ser várias coisas, milhares de sentimentos misturados, traumas, desequilíbrio, menos "Ele". Aí, neste caso, sou obrigada a discordar do “eu lírico” da Clarice, porque se fosse realmente amor, não pesaria. O amor é leve! Por isso, das vezes que o citei anteriormente não tirei as aspas, ainda não era o nosso protagonista verdadeiro.
     Amor não vem com cobrança, ciúme, orgulho, egoísmo, inveja, competição. Estes são sentimentos de vibração baixa, que ainda estamos muito bem sintonizados, mas acalmem-se, é só uma questão de tempo, de treino. Passemos a treinar em vibrações mais elevadas, só temos a ganhar, e comecemos por nós.
     Sejamos cobaias de nós mesmos, sejamos o que queremos ver nos nossos irmãos de planeta. Amemo-nos! E a regra lá de cima também vale pra gente, vamos nos amar sem cobrança, respeitando nosso tempo de mudança, sem medo, sem pressa, sem culpa. A culpa paralisa o homem, é cíclica e não desfaz o que está feito e nem dá ignição para o novo. Então, lido? Levante e ame-se.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Boas Vindas!!!

     Boa noite e bom dia, amigos. Neste primeiro post não queria começar pelos desabafos e nem pelas dissertações poéticas, até para não assustá-los, porque a intenção é completamente contrária. 
     Este blog é apenas uma tentativa de ajuda mútua, tanto para a autora, na persistente terapia da escrita, quanto para os que a lêem.
     Devem estar se perguntando como funcionará? Escreverei sobre temas que geralmente já fizeram, fazem parte ou fará da vida de cada um de nós. E se não fez, faz ou fará, com certeza foi, é ou será da de alguém próximo de você, de nós.
     Tentarei dar a minha interpretação otimista em relação ao assunto. Farei uso da bagagem que tenho, sejam obras espirtualistas, filmes, experiências vivenciadas ou assistidas ou até mesmo minhas viagens filosóficas.
     Vou seguir rascunhando muitas vezes inspirada por Schopenhaur, Nietzsche, Shakespeare, Clarice, Cecília ou Drummond, mas sem pretensão alguma de parecer a "Senhora Felicidade", me esforçarei para dar os melhores conselhos que já consigo, e espero também não falhar na arte de seguí-los.