sábado, 3 de novembro de 2012

Desperdícios e felicidade relativa

          Amar a quem te amas é fácil, amar a quem você suspeita que talvez nunca tenha te amado não é tão fácil assim, mas amar sem nenhuma destas certezas ou expectativas é divino.
          Faças o que o teu coração te mandas, não desperdice tempo com o orgulho, com o que foi ferido, talvez tenha consciência disto e por esta razão uma vida inteira pode ser desperdiçada. Pode compor um cenário de mágoas e tristezas que não cabem mais neste momento da tua evolução.
          Suba os degraus, vá longe, vá ao máximo que te mandem ir, mesmo que nos momentos mais difíceis te mandem para um lugar muito abaixo. Demonstre sua superioridade com felicidade, não forçadamente, mas porque você realmente está e é.
          Concordo com a doutrina espírita quando diz que a felicidade não é deste mundo e que é algo transitório neste momento para todos nós, mas também concordo que vá além, que suba o patamar da matéria. O estado de espírito "feliz" não está somente relacionado à vibração de um planeta imperfeito, mas também a de um espírito (ser) que queira viver seguindo às Leis maiores, às leis de amor.
          Não julgo religiões, crenças, dogmas e percepções, mas discuto o amor e ele está envolvido em todas estas relações e em todos os momentos que percebemos a ausência dele. E sempre que isto ocorrer, irei discutir tudo isto e mais um pouco.
          Sejamos humanos e não somente juízes, sejamos coração e razão e não apenas um ou outro, sejamos nós mesmos, presentes ou não, mas principalmente autênticos com uma pitada de divino. Aí sim, seremos mais felizes, mesmo que relativamente!

sábado, 15 de setembro de 2012

Inspirada em Clarice

          Hoje estava escutando a entrevista da Clarice Lispector de 1977 e ela falava sobre o ato de escrever e sobre o seu isolamento. Do excesso de rótulos feitos pelos outros, pelo cansaço de si mesma e do renascimento a cada obra e morte ao fim delas. 
          Fala dos escritos que rasga por raiva e da incompreensão de não entenderem suas palavras, mas o que mais me intriga em toda a sua entrevista é que mesmo com toda a sua humildade de talento demonstrada pela revolta dos próprios escritos continuava a escrever.
          Tão bom seria se todos que se revoltam, que estão insatisfeitos com o mundo que habitam, escrevessem, se usassem o isolamento para criação, pelo menos não contribuiriam com a massa de baixa energia que emanam para a mãe Terra. Mas isto ainda é utopia no atual cenário (mesmo que para os letrados cenário só diga respeito ao futuro).
          Clarice também fala das máscaras que as pessoas usam, não acho que seja tão negativo o uso delas, a questão é, qual máscara escolher e para qual fim? Se o objetivo for na intenção de somar, que encham de brilho e apetrechos enriquecedores as suas.
          Como escrevi no texto "A solidão é nosso strip-tease", é nela que o ser se mostra, é ele mesmo, então que seja de maneira produtiva, numa curva crescente de melhorias e evolução, de reforma íntima e externa para com o mundo. A Terra merece isso e o ser vivo aqui neste momento também. 
          Então, meu conselho de hoje é: a cada insatisfação acrescentemos algo, expressemos de maneira artística ou não o que temos de melhor em nós mesmos, porque com certeza uma luz será acesa e pode ser que ela ilumine muito mais do que imaginamos e se não for de muito alcance, com certeza já será o suficiente para clarear o nosso redor.
           

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Florescendo em novo ano

     Novo ano! Belo momento para novos planos, mas o melhor do "novo" está em planejamentos diferentes para velhos planos.
     Gosto deste encantamento que antecede o aniversário terreno, mas o melhor disso tudo é saber que ele existe, e se aparece em um dia, se mostra possível para todos os outros que restarem. 
      Levemos os bons momentos, a felicidade, as boas lembranças conosco, mas não esqueçamos os ruins, as angústias e decepções, precisamos delas também, afinal o que te lembrará do que te deixou forte e vivo até hoje? 
      Olhemos mais as árvores e os jardins, toda a natureza tem as suas fases e esperam pacientemente o momento certo de florescer, então, por que sermos tão ansiosos sabendo da perfeição do Universo, tudo que é na essência um dia desabrochará, e o que não for não desperdiçará o nosso tempo tentando ser. 
       Cresçamos com o passar dos anos, dos dias e das horas, porque cada segundo é valioso e não vamos querer gastá-lo com a ociosidade, ela apenas ocupa um espaço que deve ser ocupado pelo seu amor por você. 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Paciência

          Paciência. Muitos dizem que é uma virtude que já vem como característica nata em alguns humanos. O problema é que a maioria interpreta como verdade absoluta, irrefutável e imutável. E esquecem que como diz Heráclito, filósofo grego, a água que corre o mesmo rio não é a mesma no fim dele, o rio corre e toca-se outra água, "tudo flui, nada persiste, nem permanece o mesmo".
          Tudo muda na vida e o melhor dela está nesta mudança, principalmente quando nasce de uma crítica produtiva. Mas este adjetivo também está ligado aos olhos de quem a  recebe. Estamos todos à mercê das próprias interpretações, basta apenas um filtro e uma pitada de bom senso para melhor interpretar.
          As questões humanas sempre foram muito complexas porque o ser pensante sempre esteve em constante processo de mudança de pensamentos, um turbilhão de emoções e fatos externos que os influenciam. A perda de si mesmo está quase sempre ligada a isto tudo. 
          Acredito que a chave de todo o crescimento está no próprio ser, na preservação da essência diante de todas das interferências do mundo e na disposição de ceder, seja ao outro e/ou a si mesmo, mas tendo sempre como aliado, o tempo e a paciência.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Caminhando certo por linhas tortas

          Redescobrir a felicidade depois de alguns anos de desvios e escolhas erradas nos leva ao desespero pelo tempo perdido, mas nem as linhas tortas que nos levam por um caminho mais longo consegue nos cegar diante do resultado final.
          Os deslizes e as falhas apenas existem, muitos deles nós procuramos, outros são apenas testes da vida, mas todos eles levam à "grande" finalidade, o crescimento e o aprendizado.
          Já diziam os sábios, paciência é uma virtude, ou você tem ou desenvolve, não terá escolha. Melhor começarmos por agora, respeitando nosso tempo, nossos erros e nossa evolução. A Natureza não dá saltos, e não são os humanos que serão a exceção à regra.
           A regra é mais profunda e extremamente perfeita, mas nosso egoísmo ainda não permite obedecê-la, esperar o tempo certo, temos sede e fome de ações, mas esquecemos que toda ação implica numa reação. Tudo ao nosso jeito e ao nosso tempo, é apenas nisso que nos concentramos.
           Respeite-se, perdoe-se, e agradeça se conseguir chegar em algum momento da vida e perceber tudo isso, mesmo que seja no fim dela. Porque se conseguir, o objetivo foi atingido e aí não haverá mais do que se queixar. A imaturidade da juventude vive de grandes emoções e atitudes intensas, algumas levam ao topo e outras ao fundo do poço, mas todas vieram de alguém que não é mais a mesma no momento seguinte, mas continua com a mesma essência, o melhor dela, você mesmo.
           O reecontro consigo mesmo é o melhor dos resultados, é a chave do auto-conhecimento, da auto-cura, do auto-perdão e o trampolim para a felicidade verdadeira e inabalável. 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Receita do aprendizado

        As críticas, os desentendimentos e os confrontos sempre estarão presentes nas relações humanas, mas às vezes a sinceridade machuca mais do que deveria. Tudo uma questão de ponto de vista.
        A percepção de cada um se modifica diante das verdades por não estarem preparados para ouví-la, e esse preparo não é da noite pro dia, mas um exercício constante nos torna seres melhores diante das causas.
        Entender-se parte do princípio que primeiro é preciso se conhecer, mas o auto-conhecimento é algo que dá trabalho e implica numa mudança obrigatória. Não desanimemos no primeiro instante, na primeira verdade transparecida, é ela que te salvará de si mesmo.
        Não aplique todos os esforços em tentar entender o porquê estão te dizendo tantas coisas que parecem ruins num primeiro momento, concentre-se no teor da fala e faça um filtro, se houver verdade, transfira-o pra consciência e depois resolva você mesmo o que fará com ela.
        Pode parecer o caminho mais doloroso, mas com certeza é o mais eficaz, os "monstros" estarão sempre ali dentro, e agradeça se for alguém da sua afinidade que o desperte, porque as "porradas" da vida podem ser o caminho mais tortuoso para se aprender uma simples lição.

domingo, 8 de julho de 2012

Água, flores e paz

     Essa postagem é para aqueles que sem saber, simplesmente porque o que há dentro é verdadeiro e puro amor fazem da vida dos que os cercam um pouco melhor.
     É para aqueles que estimulam as qualidades e ajudam a frear más inclinações de pessoas como eu, como você.
     "Vivemos esperando dias melhores, melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo. Vivemos esperando dias melhores para sempre..." Diz o Jota Quest. Mas, melhor que esperar por esperar, é aguardar o que já estamos vivendo, porque a ação motiva o resultado, e não há como ter resultados diferentes fazendo a mesma coisa não é assim que diz o clichê? Então, amigo, faça, comece, andar é o ponto de partida de qualquer caminho longo ou curto.
     Perceber a felicidade sem pré-requisitos ou condições não é fácil, mas ninguém nos enganou dizendo que seria, então, não lamente, não entristeça e não paralise com o primeiro empecilho, porque hão de haver muitos outros ao longo da vida. Mas uma coisa eu garanto, o primeiro que que conseguir superar será o estímulo e a motivação que você precisa para todos os outros.
     As flores são sempre muito belas, mas um dia já foram botões e um pouco mais atrás foram sementes. Germine sempre com água as suas, é o líquido mais precioso, e não só porque é o melhor condutor de energia, mas porque é insípida, incolor e inodora, e não há máscaras, hipocrisias, nem nada que deturpe o que ela é de fato. Não só se alimente dela, mas inspire-se nela e torne sua existência tão pura que só sobre a essência.
     Olhar meus amigos escorpianos, Vanessa Kátia e Alexsander Torquato, os homenageados de hoje, é também muito inspirador, a astrologia diz que os nascidos sobre o sol em escorpião são como fênix, que renascem das cinzas, mas diria mais, eles também te ensinam a fórmula da melhor maneira, através do amor que o filósofo Epicuro considera o mais puro, a amizade.
     Amo todos os meus amigos de maneira muito peculiar e difereciada, mas neste momento específico, quero compatilhar minha alegria, poesia e amor com esses dois que têm sido muito presentes nesta minha nova fase do reencontro ao auto-amor.
     Desejo a todos um excelente domingo, uma excelente semana e muito amor-próprio, porque só ele preenche, nada mais o preencherá, o restante são apenas fugas e anestesias sem consistência.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

No que estamos nos aprisionando?


Amar verbo intransitivo

     Amar, verbo transitivo, dizem os letrados. Prefiro concordar com o modernista Mário de Andrade. Apesar de todos acharem que precisamos amar alguém ou algo, percebo que o verbo não precisa de objetos de desejo nem de complemento, quem sabe amar, simplesmente ama.
      O verbo vem se distorcendo ao longo de séculos, e atualmente, acredito que a banalidade da sua existência ou melhor, falta de existência contaminou a humanidade. Todos amam, todos dizem "eu te amo" como quem troca de roupa e acessórios. O  verdadeiro significado é mais profundo.
      A começar pelas condições, alguns amam os que são ou parecem ser felizes, outros amam os que são perfeitos (ou aparentam, uma vez que a perfeição não é deste mundo). Mas todos, ou quase todos amam porque disseram que a felicidade está ligada ao amor, o que quase ninguém percebe é que esse amor que aprenderam a apenas verbalizar é paixão, algo totalmente oposto.
      Amar está além de condicionamentos, simplesmente sente e age de acordo com as premissas básicas do respeito e da tolerância. Mas neste caso a tolerância não é algo difícil de exercitar, não é um desafio a amar, não é tolerar no sentido denotativo da coisa, é simplesmente respeitar o que o outro é, sem tentar desfiar maneiras incansáveis de moldá-lo a seu bel-prazer.
      As mães sabem bem do que estou falando, pois se há na Terra, alguém além dos missionários que aqui vieram são as mães, que independente da condição moral de quem gerou, ama. Sem julgá-lo. E isto não quer dizer que não contribua para sua evolução com algumas "proibições", mas tudo isso é parte de um amor maior. E acho que foi isso que o Cazuza quis dizer quando cantarolou que "...só as mães são felizes". Isso mesmo, a felicidade está intimamente ligada ao amor verdadeiro.
        É ouvir um verso extremamente profundo ou uma música que toque a alma e perceber que tudo isso é fruto de amores guardados, aglutinados dentro do espírito que necessita ser feliz, os artistas fazem isso bem. Perceber que o te toca não é somente porque é bonito demais, mas porque existe uma vontade louca de amar aí dentro, mas insistimos em querer procurar os objetos diretos. Perdoe-se, permita-se, ame. Simplesmente, ame!

domingo, 1 de julho de 2012

Metáforas, cuspidas e bem-estar

   Amassar a lata e todas as mágoas de algo que não teve sucesso e não te deu vez.
   Vomitar toda a angústia de um silêncio mal curado.
   Toda a raiva de um minuto e uma semana de paraíso e final infernal.
   Cada pisada um troco, uma resposta e um direito de defesa e ataque intragáveis.
   Sete dias e apenas 60 segundos de catarse.
   Não quero e não vou somatizar um câncer, 
   perceber que sou feliz ainda é utopia, mas o tempo o fará realidade. 
   Assim como a água que ferve a 100ºC e a gravidade existem,
   o estado de alma equilibrado e feliz também será uma verdade absoluta.
   Então, meus irmãos de alma, não enfraqueçam com os tropeços, 
   as pedras existem, mas as areias do mar um dia já foram pedras.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Falsa felicidade

Às vezes a insatisfação nos ataca e é sempre motivo de mudança de pensamentos, atitudes, mas nem sempre saímos do lugar.
O que talvez pensemos pouco é sobre a origem dela. Sobre a profundidade em que estava escondida todo o tempo, mascarada pelas válvulas de escapes e maquiagens.
A facilidade que o comodismo nos traz parece mais confortável, mas às vezes é necessário mais coragem, mais enfrentamento e confronto no espelho das nossas almas.
"Os escândalos são necessários".
O descanso das emoções nos traz uma falsa impressão de paz, mas só a ferida aberta é capaz de cicatrizar as mais profundas dores.
Portanto meus amigos de alma, coragem pra abrí-las, o resultado final será a melhor anestesia.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Namore com você mesmo

     O que fazer no dia 12 de junho? 
     Nada melhor do que assistir a um filme romântico sozinha. E por que não? Somos tão cheios de nós mesmos quando vamos discutir o capitalismo e as suas consequências, como os dias típicos: dia dos pais, dia das mães, dia dos namorados...tudo marketing, tudo feito pra vender mais...
     Então, porque ficamos tão mal no dia dos namorados? Será que não estamos sendo um pouquinho hipócritas? Assumirmos que realmente nos incomoda passar este dia sozinhos é mais difícil do que podemos realizar. E quando digo realizar, é realizar mesmo, trazer pro real, sair do nosso mundinho virtual ou platônico, onde só as idéias funcionam e trazer para a prática da vida real. 
     Portanto, tragamos para nós e para a realidade o que nos afeta e nos atinge e vamos confrontar, chorar, dizer e vivenciar, nem que seja assistindo a um patético filme que nos relembre o momento que se foi e/ou que nunca existiu. 
     Amar também é estar sozinho com você mesmo e um filminho melodramático.


sábado, 26 de maio de 2012

Os céus comemoram


         “Os bons morrem jovens, assim parece ser quando me lembro de você. Lembro das tardes que passamos juntos, não é sempre, mas eu sei que você está bem agora, só que neste ano o verão acabou cedo demais...” Renato Russo

         O Renato escreveu essa música provavelmente pensando nos bons amigos ou entes que foram jovens. Apesar de amar Legião Urbana, tenho que discordar do meu amigo, os bons vão antes, vão depois, vão cedo e vão tarde. O céu os requisita o tempo todo. Se ficarem todos os bons por aqui, quem serão os ajudantes dos anjos? Faltará mão-de-obra, e acho que também fica meio fora de contexto levar um irmãozinho ainda um pouco equivocado pra ajudar no bem.
          Hoje faz exatamente um mês que alguém muito querido por TODOS (todos mesmo), foi chamado para a trupi dos novos ajudantes. Alguns reclamam dos pais que têm, outros reclamam porque não têm, e uns passam a vida inteira preocupados com os laços consanguíneos e não percebem que a verdadeira família é a feita de amor, seja o mesmo sangue correndo nas veias ou qualquer outro que esteja alimentando um coração.
          Talvez a melancolia tenha me atacado hoje, mas não vou deixar que se estenda mais do que o tempo que durará este texto. O invólucro carnal não acaba com o que existe dentro, tentei te dizer isso algumas vezes, de algumas formas, mas acho que agora entende melhor. Os laços construídos com amor são eternos.
          Gosto muito das palavras, mas hoje quase todas elas me somem... Fico com o que está dentro de mim e com um pedaço da minha primeira e última carta te escrevi antes de você fazer essa longa viagem, e acho que as palavras ainda estão totalmente dentro do contexto. Tomarei a liberdade de repeti-las: “Temos todos a centelha divina em potencial, não seremos Deuses, porque só existe um criador, mas seremos todos anjos, e particularmente, acho que é um estímulo e tanto diante das provas....E quando ficar triste, pense no presente recebido e agradeça com a perseverança e a fé. Esta transporta montanhas, mas somente o amor transforma almas. Finalizo desejando e oferecendo todo o amor que me cabe, e agradecendo é claro, por tudo”.
          Fique em paz, meu tio, meu pai,
                         da sua filha de alma,
                                        Vanessa Martins

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Uma manhã e um orfanato

          Existe algo mais belo que o amor de uma criatura tão pequena? Pequena na estatura, mas imensa na bagagem que traz, no amor e na essência que a acompanha ao longo das existências.
       Mesmo as criaturas mais duras e desajeitadas não conseguem permanecer na sua "firmeza" de conceitos e pré-concepções antigas diante de uma criança cheia de amor pra dar.
            Correr, brincar e cair. Voltar à inocência da infância por um dia pode ser um dos "milagres" mais antigos e potentes pra quebrar as antigas barreiras da seriedade que tanto turvam a visão de um mundo tão belo.
           Tudo precisa apenas de um pontapé, um ponto de partida inicial, e esse início pode ser apenas um olhar brilhante e um sorriso com poucos dentes.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O tempo, o outro e a conveniência

   "...o homem vive reclamando que não tem tempo, mas vive como se tivesse todo o tempo do mundo..."
    É mais ou menos isso que li esses dias. Frase pra refletir com carinho, não é? Talvez o problema não seja a falta de tempo, mas o que viemos fazendo com o tempo que temos. 
  O ponto de partida deveria ser o estabelecimento de prioridades, o problema é que anda tudo meio trocado. Valores trocados! Andamos sempre pregando o anti-materialismo quando estamos nos preocupando em primeiro lugar com a matéria básica e essencial para vivermos na Terra (dinheiro). Nada contra, mas a problemática se instala quando ela não é somente o pontapé inicial, mas a questão central, final e eterna nas mentes de todos. 
   Deixamos as questões do espírito pra depois porque ainda não temos a matéria, e quando a conseguimos, continuamos deixando pra depois porque temos os problemas que vêm com ela, aí esperamos por resolvê-los, mas as resoluções e soluções se prolongam e não concluímos, porque neste momento resolvemos nos "espiritualizar". Aí ficamos calmos, assim como manda o Globo Repórter e a cartilha dos "naturebas" , e então, neste momento somos disciplinados. Não desesperamos porque tudo irá se encaminhar e a solução vai chegar, afinal de contas o STRESS é o mal do século, então, esperamos que a solução chegue no tempo dela, Deus sabe o que faz. Não é essa a desculpa que costumamos usar pra não sermos práticos e "materialistas" quando realmente temos que ser?
  É...talvez saibamos realmente do caminho certo, mas às vezes é conveniente não sabermos, não é? A praticidade característica do mundo material pode ser muito benéfica, mas a conveniência fala mais alto. Aquele trabalho voluntário tão planejado não é tão importante neste momento, não é mesmo? Mesmo porque, se fosse, todo o Universo se conspiraria pra fazê-lo acontecer, não deixaria que tantos problemas de rotina atrapalhassem-no, então não existe uma culpa em primeira pessoa. Só tem um detalhe, o livre-arbítrio ainda é lei, por mais contraditório que pareça. E já que gostamos tanto do conceito de que tudo é obra do destino, talvez a Física também não tenha sido o nosso maior trauma na escola por acaso, afinal de contas, já tem tanto tempo que Newton vem falando de uma tal de Ação e Reação.
    Resumindo, o tempo e a falta dele são relativos, a vontade e a falta dela, nem tanto!
              

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Vou de clichê

         Costumava dizer, “na dúvida, faça”, hoje em dia, acrescento, na dúvida, pense duas vezes (não mais que isso, afinal de contas não podemos perder tanto tempo com isso), pese os prós e contras e se não fizer mal a ninguém, faça.
         Costumava ler, “o mundo precisa de exemplos, não de opiniões”. Então, comece por você que tentarei começando por mim também.
         Costumava escutar “viva o presente, porque como o próprio nome diz...”, e esta frase, confesso, particularmente é a melhor. Claro que não devemos descartar o planejamento, nem vivermos o presente desenfreadamente, mas apenas aprender a vivê-lo no tempo certo.
         Acho que este é o ponto central, viver cada tempo no seu devido momento. Com a nostalgia de vez em quando, mas sem a melancolia, com o futuro agendado, mas sem furar fila e o presente carinhosamente desembrulhado.
         Decidi começar dos clichês hoje para não finalizar pouco original, porque quando essa originalidade se ausenta de início, ficamos com os velhos clichês que já conhecemos, daí, somos obrigados a repetir a lição, mas desta vez, com a obrigação do sucesso. Carpe Diem!!!