Quem é que não sofre por amor? E quem acha que é impossível
amar novamente é simplesmente humana. Toda história tem seu início e fim, mesmo
que o fim seja ser feliz com a pessoa amada. Mas toda história tem um fim.
Gostaria de ser menos clichê às vezes, mas o clichê está em
quase tudo, principalmente quando a escrita é consequência da emoção latente e
imprudente que cerca alguns dos meus dias. Somos todos clichês, mesmo quando
citamos poetas e filósofos franceses, alemães e brasileiros.
Não fugimos do mais do mesmo porque seríamos menos
verdadeiros, e o texto precisa ser autêntico porque senão seria dramaturgia,
ficção, cinema ou drama barato sem tocar os corações.
Ser feliz também é se permitir o sofrimento, afinal como se
convencer de que está realmente bem agora se não conheceu a dor?
Uma vez escrevi que o auto-amor ou o amor próprio como dizem
por aí, é o verdadeiro e o único que pode satisfazer o ser humano. Não venho
agora “desdizer”, nem me desmentir, mas o amadurecimento me traz uma nova face
e menos regras para isso.
Talvez seja mesmo necessário conhecer o amor por meio de
qualquer forma e por quem for para poder torná-lo íntimo do seu ser e
acompanhante da sua existência. E para quando o seu próprio amor chegar você
não o estranhar.