Hoje estava escutando a entrevista da Clarice Lispector de 1977 e ela falava sobre o ato de escrever e sobre o seu isolamento. Do excesso de rótulos feitos pelos outros, pelo cansaço de si mesma e do renascimento a cada obra e morte ao fim delas.
Fala dos escritos que rasga por raiva e da incompreensão de não entenderem suas palavras, mas o que mais me intriga em toda a sua entrevista é que mesmo com toda a sua humildade de talento demonstrada pela revolta dos próprios escritos continuava a escrever.
Tão bom seria se todos que se revoltam, que estão insatisfeitos com o mundo que habitam, escrevessem, se usassem o isolamento para criação, pelo menos não contribuiriam com a massa de baixa energia que emanam para a mãe Terra. Mas isto ainda é utopia no atual cenário (mesmo que para os letrados cenário só diga respeito ao futuro).
Clarice também fala das máscaras que as pessoas usam, não acho que seja tão negativo o uso delas, a questão é, qual máscara escolher e para qual fim? Se o objetivo for na intenção de somar, que encham de brilho e apetrechos enriquecedores as suas.
Como escrevi no texto "A solidão é nosso strip-tease", é nela que o ser se mostra, é ele mesmo, então que seja de maneira produtiva, numa curva crescente de melhorias e evolução, de reforma íntima e externa para com o mundo. A Terra merece isso e o ser vivo aqui neste momento também.
Então, meu conselho de hoje é: a cada insatisfação acrescentemos algo, expressemos de maneira artística ou não o que temos de melhor em nós mesmos, porque com certeza uma luz será acesa e pode ser que ela ilumine muito mais do que imaginamos e se não for de muito alcance, com certeza já será o suficiente para clarear o nosso redor.
Um espaço virtual para sentimentos reais de vida. Ajuda mútua entre os dois lados da tela. Motivos para viver, desabafos de vidas e uma visão otimista para cada momento de desespero interno e externo de pessoas de carne e osso.
sábado, 15 de setembro de 2012
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Vanessa,
ResponderExcluiro texto fez uma luz acender aqui :)
Nossa, me sinto muito bem ouvindo isso, quer dizer, lendo, rs. Mas quem é? É porque não tem assinatura.
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