"...o homem vive reclamando que não tem tempo, mas vive como se tivesse todo o tempo do mundo..."
É mais ou menos isso que li esses dias. Frase pra refletir com carinho, não é? Talvez o problema não seja a falta de tempo, mas o que viemos fazendo com o tempo que temos.
O ponto de partida deveria ser o estabelecimento de prioridades, o problema é que anda tudo meio trocado. Valores trocados! Andamos sempre pregando o anti-materialismo quando estamos nos preocupando em primeiro lugar com a matéria básica e essencial para vivermos na Terra (dinheiro). Nada contra, mas a problemática se instala quando ela não é somente o pontapé inicial, mas a questão central, final e eterna nas mentes de todos.
Deixamos as questões do espírito pra depois porque ainda não temos a matéria, e quando a conseguimos, continuamos deixando pra depois porque temos os problemas que vêm com ela, aí esperamos por resolvê-los, mas as resoluções e soluções se prolongam e não concluímos, porque neste momento resolvemos nos "espiritualizar". Aí ficamos calmos, assim como manda o Globo Repórter e a cartilha dos "naturebas" , e então, neste momento somos disciplinados. Não desesperamos porque tudo irá se encaminhar e a solução vai chegar, afinal de contas o STRESS é o mal do século, então, esperamos que a solução chegue no tempo dela, Deus sabe o que faz. Não é essa a desculpa que costumamos usar pra não sermos práticos e "materialistas" quando realmente temos que ser?
É...talvez saibamos realmente do caminho certo, mas às vezes é conveniente não sabermos, não é? A praticidade característica do mundo material pode ser muito benéfica, mas a conveniência fala mais alto. Aquele trabalho voluntário tão planejado não é tão importante neste momento, não é mesmo? Mesmo porque, se fosse, todo o Universo se conspiraria pra fazê-lo acontecer, não deixaria que tantos problemas de rotina atrapalhassem-no, então não existe uma culpa em primeira pessoa. Só tem um detalhe, o livre-arbítrio ainda é lei, por mais contraditório que pareça. E já que gostamos tanto do conceito de que tudo é obra do destino, talvez a Física também não tenha sido o nosso maior trauma na escola por acaso, afinal de contas, já tem tanto tempo que Newton vem falando de uma tal de Ação e Reação.
Resumindo, o tempo e a falta dele são relativos, a vontade e a falta dela, nem tanto!