terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Amor é leve...

“(...) farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz...”
Clarice Lispector

     É...talvez a nossa querida Clarice tenha razão. Quem que nunca se deparou com o espelho e viu excesso de “amor” e um repertório cheio de pessoas que ficaram pelo caminho? Umas reclamando do seu amor excessivo, outras da sua carência, de ausência de tolerância e paciência com o tempo dela? Enfim, relacionamentos são feitos de pessoas e pessoas ainda são imperfeitas.
     E muitas vezes, por mais irônico e paradoxal que pareça, os excessos de todas essas coisas são apenas nossas ausências, nossas faltas e falhas que aparecem esburacadas na nossa alma e esburacando às dos nossos “amantes”. Estes muitas vezes se sentem culpados por não alcançarem essa medida de “amor” que damos e quando nós não conseguimos sentí-los, provavelmente é o peso que já estamos percebendo fazer parte desse idílio.
     Agora, paremos para analisar o seguinte: Se o amor como dizem a maioria das pessoas mais sábias, é o sentimento mais sublime e puro que existe, é então fácil de concluir que todo esse excesso podem ser várias coisas, milhares de sentimentos misturados, traumas, desequilíbrio, menos "Ele". Aí, neste caso, sou obrigada a discordar do “eu lírico” da Clarice, porque se fosse realmente amor, não pesaria. O amor é leve! Por isso, das vezes que o citei anteriormente não tirei as aspas, ainda não era o nosso protagonista verdadeiro.
     Amor não vem com cobrança, ciúme, orgulho, egoísmo, inveja, competição. Estes são sentimentos de vibração baixa, que ainda estamos muito bem sintonizados, mas acalmem-se, é só uma questão de tempo, de treino. Passemos a treinar em vibrações mais elevadas, só temos a ganhar, e comecemos por nós.
     Sejamos cobaias de nós mesmos, sejamos o que queremos ver nos nossos irmãos de planeta. Amemo-nos! E a regra lá de cima também vale pra gente, vamos nos amar sem cobrança, respeitando nosso tempo de mudança, sem medo, sem pressa, sem culpa. A culpa paralisa o homem, é cíclica e não desfaz o que está feito e nem dá ignição para o novo. Então, lido? Levante e ame-se.

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